Jesus diz perante o sucesso da pregação dos apóstolos: “Eu via Satanás” (os poderes do mundo que escravizam o homem, a idolatria) “cair como um relâmpago… alegrai–vos porque os vossos nomes estão escritos nos céus”. Isto é, Jesus vê cair os adversários, as “luzes” deste mundo, perante a pregação do Reino. Sim, a grande questão é o mal. Mas esse é para nós um mistério na medida em que se liga ao mistério da liberdade humana, do mais fundo do que é ser homem, e esse só o iremos conhecendo à luz do Mistério de Deus. Será ao Diabo que convém que não se acredite nele? Ou será a nós, à nossa estrutura egocêntrica, ao carnal em nós que nos engana, que convém transferir a culpabilidade para outro? É o nosso desejo de ser deuses, que se opõe ao Espírito e nos diaboliza e diaboliza o mundo, ou precisamos de outras criaturas, também a querer ser deuses, para explicar tanto mal? Donde nos vem a cegueira de não ver que só o Espírito nos conduzirá à verdade total pela humildade e pelo serviço?